Hoje é o Dia da Espiga (ou Quinta-feira da Espiga), celebrado no dia da Quinta-feira da Ascensão, sendo uma data móvel e que acompanha o calendário litúrgico cristão.
Faz parte da tradição portuguesa, ir neste dia ao campo colher espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para fazer o ramo, chamado de Espiga, que depois é pendurado na cozinha ou sala, como amuleto para trazer a abundância, alegria, saúde e sorte. Em muitas terras, em dias de trovoada, arde-se, na lareira, um dos pés do ramo da Espiga para afastar a mesma. Nalguns sítios, junta-se uma fatia de pão ao ramo da Espiga, para que durante todo o ano não falte este alimento em casa.
Mas na verdade, hoje em dia são muito poucas as pessoas que seguem esta tradição, porque o ritmo de vida de hoje em dia não permite que as pessoas deixem as suas obrigações, para ir ao campo apanhar o ramo da Espiga.
As várias plantas que compõem a Espiga (e que podem mudar consoante a região) têm um significado especial, simbolizando diferentes valores que se pretendem manter ou obter durante o ano:
Espiga (trigo, centeio, cevada, aveia) – pão
Malmequer – ouro e prata (dinheiro)
Papoila – amor e vida
Oliveira – azeite e paz
Videira – vinho e alegria
Alecrim – saúde e força
Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs, por todo o mediterrâneo, para celebrar a Primavera e consagrar a Natureza.
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